sábado, 31 de dezembro de 2011

Tchau, Roma



Tchau de brasileiro mesmo, estou no aeroporto, me despedindo de Roma.
Quatro dias é muito pouco, quem sabe em quatro anos, poderemos ter uma noção melhor de Roma, cheia de marcas e marcos históricos. Entre as grandes civilizações, essa é a raiz da nossa raça, agregamos os vermelhos, os negros e os amarelos, não somos uma raça branca, mas somos civilização judaico-cristã.
Acho que as impressões do velho mundo são universais, impressionam porque tem mais registro e imagens que os pintores nos deixaram. Sao universais, porque os navegadores e colonizadores levaram suas marcas, mas são uni-verso, um lado que unifica as histórias. Ir além dos quinhentos e poucos anos e ver que a nossa civilização tem mais mistérios do que documentários. Versos e versões que cada pintor, cada cineasta e cada historiador contamina com suas crenças, filosofias e seus medos. Esse mistério de viajar, entrar em contato com as perguntas e saber que não teremos respostas, permanecer equilibrando entre crenças e filosofias que buscam compreender um processo.
Ontem, depois da despedida da minha irmã, fomos à ópera. Imaginem ver a orquestra de Roma, tocando "La Traviata" dentro de uma igreja. Emocionante, ver como a ópera dispensa cenários, bastam 12 cantores e uma bela orquestra, a gente senta na cadeirinha da igreja e não percebe quase três horas de emoção pura.
Hoje saimos caminhando e próximo ao hotel resolvemHavia os visitar o Palazzo dele esposizioni.
Duas exposições emocionantes:
1 - Realismi Socialisti - co as grandes pinturas soviéticas que descrevem a história desde 1920 até 1970 -


sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Coliseu

Ter 32 séculos de história, faz com que se esbarre em patrimônios e reservas arqueológicas a cada três ou quatro passos.
Saímos cedo e fomos ver a Piazza Navona, milhares de igrejas, Panthoen, templo de Adriano, etc, etc, etc.
Encontrar até romanos com seus vestidinhos vermelhos, espadas, sandálias, etc é só o começo. Comer pastas maravilhosas e caminhar por ruas menos turísticas , lenta e curtidamente. Hoje foi a despedida da minha irmã. Ela voltara daqui a pouco e eu continuarei minha aventura.
O coliseu é, de fato uma das coisas mais instigastes. Ficar imaginando o que acontecia de fato, tentando descontar as influencias e perspectivas doas diretores de cinema. Se ver como um romano que freqüentava aquelas arquibancadas, sem ser nobre, sem ser guerreiro e sem ser herói, uma cidadão comum vendo algo naquela arena enorme.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Vaticano

Ruas cheias e filas enormes. Não foi por acaso que ter um mobilidade reduzida viajando junto facilita muito.
Acho que só nos não conhecíamos o vaticano, quero dizer o povo que estava lá deve ser 60 a 70 por cento da população mundial. Mesmo sem silencio e sem poder contemplar tanta coisa bonita, vale muito a pena.
Continuo sem poder postar fotos, mas agora consegui receber e mandar todos os e mails. Já achei uma dificuldade mudar a sintonia de Paris para Roma. São duas cidades encantadoras, cidades para se caminhar muito, com tempo.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Outro lugar

Amigos, agora, em novo hotel, problema muda de figura.
Meu notebook nao funciona, mas o explorer do Ipad consegue receber e mandar mensagens.
A dificuldade é que no tablet eu nao posso por fotos.
Fizemos boa viagem, embora partindo de aeroportos diferentes e alguma correria pela madrugadinha, deixamos a França e todos os brasileiros que lá estão. Por favor o ultimo que sair dessa terra, nao se esqueça de apagar a luz.
Chegamos aqui no meio do dia, a sensação é que saímos do charme e chegamos na graça.
Calcadas e ruas estreitas, muita gente na rua e a temperatura mais próxima da camiseta. Onze graus secos durante o dia.
O vinho nacional é bom também, os pães recheados e empilhados, enchem as vitrines. Os doces continuam deliciosos e pouco doces. É uma região de muitas nascentes e fontes, essas coisas que hoje em dia se chama SPA, mas eu prefiro SPC ou SPV (salut per cerveja ou per vinho)
Ah!!! Descobrimos que em Paris, crepe só se come nas barracas da rua, os restaurantes pararam de fazer çrepes, nem o famoso Suzete se acha mais.
Nossa previsão é acordar cedo e dar uma rezadinha.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Paris 5


Povo do céu...
Encontrei uma mulher que tinha um titurador de resíduos na sua pia... Vejam só como ela ficou..
Ela se chamava Afrodite, tinha um filho chamado Eros, que se apaixonou por Psiquê.
Essas mortais, por se apaixonarem pelos filhos dos Deuses resolveram restringir as ações da própria sogra.
Ela ficou sem ação, mas imagino que a lingua dessas sogra....

Hoje foi dia de Louvre.
Pegamos uma cadeira de rodas para o mobilidade e os dois velhinos foram caminhando por mais de sete horas sem parar.
Aquilo é uma coisa louca, Saimos com a sensação de não ter visto nada, mas os pés denunciavam nossa caminhada.
Vejam o final de dia, que presente


domingo, 25 de dezembro de 2011

Paris 4

Natal, jingle Bell, jingle Bell.... tudo fechado.

Atravessamos a cidade e fomos procurar o mercado de pulgas. Tanta tradição e tão pouca informação. Quase ninguém sabia informar e, pior, cercado de um grande mercado com barracas de contrabando. Milhares de mascates vendendo relógios, jeans, couro e tudo mais.

Por fim achamos o mercado. Poucas lojas abertas, mas em compensação pouca gente. Pudemos ver muita coisa, pena que não entendemos quase nada de antigüidade a não ser de nós mesmos e nossas lembranças. Foi um tal de na casa da vovó tinha um desse..., lembra a minha coleção disso e daquilo.

O almoço foi especial, experimentamos escargot, eu pensava que era só frescura, mas me enganei, o tal do bichinho é muito bom.

Passeamos de Bateaux Mouche, com isso descobrimos que os pontos da cidade não são tão distantes assim. Já há um certo sentimento de familiaridade.

Caminhamos por muitas horas pela cidade, comemos mais, caminhamos mais...

Jingle Bell, jingle Bell, acabou natal...



sábado, 24 de dezembro de 2011

Paris 3


Céu azul, chuva nenhuma, oh! frio do caramba....

Saimos cedo, pegamos trem e fomos para Versailles. Depois de uma hora de viagem, chegamos onde os imperadores de Luis XIII até XVI construíram um super palácio, um super jardim e desde 1837 se torna um museu.

Note bem que quando estávamos ainda no primeiro reinado, aqui já tinha um museu dedicado às suas glórias.

Haja estátua de mármore, por corredores intermináveis....

Tetos pintados de todas as cores, com tanto ouro que até incomoda.

Acho que depois de tanta informação e poluição do ambiente, esse tal de Luís XV, só podia inventar o salto alto, pois perucas, plumas e cristais pendurados ocupavam mais espaço que carro alegórico desenhado por Joãozinho 30 com destaque do Clóvis Bornai em dia de glória.

Vale a pena caminhar muito e conhecer tanto o palácio quanto os jardins, Banheiros não existiam, só fico imaginando, até onde os empregados tinham que levar os penicos e o lixo. sem usar saco plástico e mantendo tanta nobreza. A distância entre os quartos e o tamanho das salas, só me faz imaginar o que os reis precisavam fazer nas noites que queriam encontrar suas rainhas. Acho que precisavam enviar mensageiros

A casa de Maria Antonieta Ficava ali, pertinho, do outro lado do jardim, coisa de nobres.

Nobre mesmo tem sido comer em Paris. Isso é uma loucura, a comida nunca é demais e até os doces não são doces. Hummmmmmmmmm

Já fizemos nossa ceia e voltamos para o hotel, como o metro fecha à meia noite, os restaurantes já estavam fechando, foi melhor garantir.


sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Paris, dia dois


Dormir até mais tarde é fácil, alem de estar no fuso do Brasil, o dia, como já disse, é meio preguiçoso.

Deixamos o mobilidade reduzida no hotel (meu filho está com tala no pé) e fomos até Basilique Du Sacré-Creur, Subimos toda a ladeira e as escadarias. Só não digo que é a ladeira da Penha, porque lá em cima a igreja era um pouco maior. Ruas movimentadas, com comércio mais popular, camelôs fazendo apostas e espertos querendo amarrar fitinhas no nosso pulso. Por dentro, depois de recuperar o fôlego, a igreja é linda, pena não poder fotografar.

Já que o dia era de igrejas e santidades, depois de pegar o debilitado, fomos para Igreja de Saint Germain, que estava fechada.

Que remédio, enfrentamos o frio e fomos até Notre Dame.

Imaginem todos os palavrões e arrepios possíveis... é de perder o fôlego e o tempo, havia coral cantando, velas e luzes acesas e o arrepio rolando solto.

Saímos, já estava escuro e resolvemos ir até a Torre Eiffel. Estar acompanhado de um mobilidade prejudicada nos poupou das filas. Mas o vento não nos poupou.

É muito alto e a Cidade é luz mesmo. O fato de ser plana e ter os prédios quase todos na mesma altura, torna a visão ampla e harmoniosa pelas luzes quentes, só quebrada pela roda gigantes, toda iluminada de luz fria.

Obs – Queremos comer Steak Poivre, mas parece que aqui ninguém ouviu falar disso.

OBS 2 – Cassoulet deve ser comida australiana ou belga. Pois fazem uma cara de interrogação quando se pergunta desses assunto.





quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Paris, dia um


Amanheceu quase tarde. Oito e tanto da manhã o dia clareia cinzento, mas a chuva passou. Descobrimos que alem do ônibus Vermelho, há o ônibus verde, que pode ser laranja, amarelo ou azul. São quatro circuitos cujo “bilhete único pode ser usado por dois dias.
Descobrimos que Paris é muito encanto junto. Todas as ruas, todos os prédios, todos os monumentos compõem um cenário onde sempre se está observando. Não adianta fotografar nada, nenhuma foto vai expressar a atmosfera desse lugar. Quem sabe à meia noite, com a inspiração do cinegrafista do Woody Allen e a possibilidade de voltar no tempo... só assim, talvez seja possível se inserir nessa vida e deixar de ser turista deslumbrando fazendo clics, com sua máquina.
Descemos em um dos pontos e resolvemos andar, mesmo acompanhado de um passageiro com mobilidade reduzida, andamos muito. Atravessamos o rio, fomos ao museu do Petit Palais, caminhamos pelas feira dos Champs-Elysées, achamos lindo o Largo da Concórdia., ou melhor a Place de La Concorde.
Visitar a igreja de Maria Madalena, passando pelas lojinhas de Saint-Honoré, só para deixar a Oscar Freire vermelha de inveja.
O Frio deve ter chegado abaixo de 5o , nada que assuste e espante quem quer ver mais.
OBS estamos acreditando na indústria nacional. Aviso que só estou tomando vinho local.
PS é preciso muito tempo para desvendar essa cidade

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Paris - Princípio

Enfim, estou no hotel, já vesti casacos e paletó.
Saímos de casa às 14 horas do dia 20. chegamos aqui às 15 horas do dia 21. No total foram só 12 horas de vôo. O resto foi sala de espera. A Tam faz suas vingancinhas quando a gente viaja com milhagem. Me deixou 6 horas dentro da sala de espera do Rio, depois um bom tempo dento da aeronave, com um calor incrível.
Minha Irmã conseguiu chegar antes.
Existem coisas incríveis, a Cidade Luz não é cheia dos enfeites de natal, com árvores bregamente revestidas de cores. Acho que os chineses venderam todos os seus enfeites para o Kassab.
As árvores já estão secas, apenas algumas folhinhas esperavam pelo dia de hoje para poder cair, afinal hoje é o último dia do outono.
Amanhã já é inverno. Passamos mais de uma hora na Van que nos trouxe do aeroporto, já fizemos uma bela volta pela cidade, na intenção de escapar do trânsito.
Caminhamos um pouco e conseguimos ter um belo jantar de boas vindas. Um pato crocante com batatas, seguidos de um bolo maravilhoso de chocolate. O vinho, nacional naturalmente, é um hábito.
Pois é estamos em Paris, uma cidade que a gente se sente íntimo, dá vontade de ficar andando pela rua a noite inteira... Ah!!! se não tivéssemos um mobilidade reduzida ao nosso lado. Amanhã vamos sair cedo, vamos de metro até o Arco do triunfo, onde vendem o passe para usar por dois dias o Ônibus vermelho.


terça-feira, 13 de setembro de 2011

Dobrei o cabo da boa esperança


Tomei chuva, senti frio. Vejam meu novo amigo. Existem muitos por aqui.
A cidade é realmente muito bonita, avenidas boas, cidade limpa. É merecida a fama. O guia hoje foi melhor, falava mais devagar, fazia silêncios e explicava as coisas que estávamos vendo ou fazendo. Eles não tem a menor vontade de entender ou ajudar quem não fale inglês. Caso algum amigo venha para cá e não fale essa língua, é melhor procurar guia em espanhol.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Cape Town

Pois é meus amigos, eu já estive para lá de Marrakesh, ja fui para a Conchinchina e agora vou dobrar o Cabo da Boa Esperança. Amanhã eu vou pegar o barco e dobrar o Cabo.

A cidade do Cabo é de fato muito bonita. Cheguei tarde e cansado pela viagem que durou 15 horas, com somente sete de viagem, o resto foi em aeroporto. Dormi um pouco mais, e tive a manhã quieto, em meu quarto, olhando fotos e respondendo e-mails.

À tarde fui fazer um City tour. Continuei gostando da cidades, mas nunca me senti tão desrespeitado. O guia que veio me buscar não fez o menor esforço para se comunicar. Fomos buscar mais duas Turistas, eram senhoras australianas, metidas e arrogantes. Foram capazes de nem cumprimentar e ficavam conversando com o guia. Ele falava mais que a boca, não mostrava nada e ficava emitindo suas opiniões, fazendo discursos tão preconceituosos que as senhoras pararam de falar e só falavam ya. Além de falar mal de negros, reclamou do serviço do Hitler e afirmava que povo que não fala inglês não devia viajar. Falava muito e dirigia depressa, pois não queria pegar o trânsito do final do dia. Como quinta feira eu tenho o dia livre, vou pegar pegar o ônibus vermelho e fazer o city tour de verdade. Hoje não valeu.

Subi o bondinho para a Table Mountain ( sobe 1.200m quase que na vertical). É muito bonito, impressionante, mas vou tentar outra vez se o dia estiver mais limpo. Hoje eu revi nuvem, claro que muitas. Amanhã vai ser muito bom. Vou dobrar o cabo da Boa Esperança

domingo, 11 de setembro de 2011

Confissões

Amigos

Não foi fácil, mas valeu a pena. Embora alguns não acreditem no meu medo e na minha insegurança, vivo sempre inseguro e com imenso "cagaço" a cada nova experiência. Essa foi demais, passar oito dias sem encontrar ninguém que falasse uma palavra sequer de português (não é verdade que se encontra brasileiro em todo lugar). Mesmo meu espantol não me ajudou muito.

Foi mesmo uma loucura estar sem contato nenhum com ninguém que pudesse me entender, não poder pedir socorro a ninguém, sem nenhum guia ou algo que pudesse me acalmar o medo, foi foda. No Vietnã, haviasm receptivos falando espanhol, encontrava constantemente brasileiros com quem compartilhava refeições e impressões.

Sobrevoar a selva africana em aviões monomotores, descer no meio do nada e ainda morrer de frio (abaixo de 8 dentro de uma cabana de lona), morrer de calor (38 graus sem uma nuvem no céu, isso mesmo nunca vi uma nuvem sequer) foi demais para meu pobre coração. Andar de Balão, estar a poucos metros de feras, sem nenhuma proteção, comer comidas diferentes, muitas vezes sem saber direito o que era. Foi tudo muito bom.

Os lábios secaram e racharam, apesar de 3 litros de água por dia, quase sem sentir o suor e quase sem sentir vontade de mijar.

Por alguns minutos eu ficava perto do pânico, ou melhor em uma ansiedade e a vontade de ir embora, mas não podia fazer nada.

A maior parte do tempo, curti muito, fiz amigos em inglês, bati longos papos e, por incrível que pareça a gente conseguia se entender. Na última noite, fiquei bebendo vinho com um médico autraliano que socorreu Senna no dia do acidente, ele ficou muito emocionado em encontrar um brasileiro, tem verdadeira adoração pelo Airton. Fora ele, o Brasil não existe para ninguém, sabem pouco sobre nós e tem pouco interesse em saber coisas. Duas pessoas disseram que queriam ir para a Amazônia ver a catarata do Iguaçu. Um outro citou o Pelé. fora isso, a gente não existe.

Valeu muito a pena, provei para mim que é possível um monte de coisas. Lembrei muito do meu pai, filhos e netas. Senti falta dos amigos.

Obrigado a todos, por me incentivarem e ignorarem meus medos.

Etosha e Ongava


Depois do almoço, partimos para Etosha. Uma viagem muito turbulenta em um aviãozinho monomotor, é uma delícia para provar qualquer coração.

Aqui sim é o lugar para ver a selva. A vegetação já é bem típica da savana, já tem poeira e no caminho do aeroporto para o camping já encontramos seis leoas. É impressionante a paz desses gatinhos, dá uma vontade descer e brincar com eles.

Ao chegar no hotel, em Ongava, outra emoção: no laguinho em frente a área de refeição, havia uma leoa bebendo água. O carinha que nos atendia, entrou e voltou com uma espingarda. Descobri assim, que não havia nenhuma proteção em torno do camping. Estaríamos em contato direto com tudo, por isso não se pode sair da barraca sozinho, tem que esperar que alguém vá te levar e te buscar. Sempre armados, pois se necessário dariam um tiro para cima para assustar os animais.

à noite consegui entrar na internet do lugar e ver que estava tudo OK com minhas passagens e que iria para a Cidade do Cabo em lugar de ir para Maputo.

Apesar da tristeza de estar longe da Marcelinha no dia do aniversário dela, foi um dia especial. Fomos para a Reserva de Etosha. A quantidade de animais é impressionante, acho que existe um desequilíbrio ecológioco.


Damaraland


Uma região interessante. Montanhas e vales cobertas por pedras. Parece que ontem passou alguém espalhando essas pedras. Todas soltas como se tivessem sido colocadas ali. Nossos caminhos são os leitos de rio seco, imagino que seja impossível caminhar por aqui em época de chuva. O Hotel é mais rústico, mas de extremo bom gosto. Estou em uma barraca de lona, mas com piso de madeira, chuveiro, cama com mosquiteiro e colunas de madeira. Um luxo.

Fiz um passeio ontem à tarde, nada demais. Recebemos um jantar à luz de tochas, com os empregados cantando musicas tradicionais. Aqui cabem 20 hóspedes, estamos em 16 (15 ingleses e eu). Comi veado, mas isso tem muito por aqui, chego a me sentir culpado. Também comi avestruz e um outros bichos. Aqui é assim, come-se animal selvagem, pois o abastecimento é complicado.

Hoje sai cedo para andar pelas montanhas. Consegui ver apenas dois elefantes. No mais, já estou até habituado com os animais pastando em perfeita harmonia. Levamos um susto grande, o guia parou o carro, subiu a montanha e demorou uma hora para voltar, eu e minhas amigas inglesas não sabíamos o que fazer.


Depois que ele voltou rindo com seu jeito de falar e rir. Voltamos para casa, vimos Elefantes da montanha.

Damaraland é uma loucura. Paisagens bonitas, pedras que não acabam mais e um guia muito estranho, ou melhor louco. Saímos às 5 da madruga, em um frio que doía na alma. Todos os carros aqui em ponchos de lã cobertos com nylon, pois os carros são todos abertos.

Para completar a história resolveu ir atrás de um rinoceronte que vimos ao longe. Saiu das trilhas e fizemos duas horas de off Road, sobre as pedras soltas da Namíbia. Só sei dizer que a Land Rover agüenta mesmo. Claro que nem chegamos perto do rinoceronte, mas a aventura não terminava.

Sossusvlei



Hoje despertamos às 5 de La madruga, pegamos a estrada e fomos para Sossuviel. São 50 km de estrada cercado por dunas dos dois lados. São impressionantes. Quando se chega no parque, é um areião indescritível, haja 4X4. Haja pernas para subir nas dunas, haja couro para suportar o sol, haja emoção para suportar. Ainda bem que com a claridade enorme e a umidade inexistente, é comum escorrer lágrimas. Ainda bem que escorrem, não é que estou chorando, mas ainda bem que escorrem.

À tarde fomos ver um cannion impressionantes, pois suas paredes são de barro e pedrinhas de rio. Foi tudo sedmentado e agora a cada temporada de chuva o lugar se modifica.

Fiz outra madrugada, e fui voar de Balão. É muito bom, mais paz e mais amplidão. Comecei a ter melhor noção das dunas.

Na volta fomos recebidos com um café servido no meio de um campo.

Fui para o hotel e peguei um avião mono motor. Eu, minha duas velhas amigas inglesas, com quem bato longos papos e tomo chá da tarde.

Havia um Frances grande, metido e mal humorado que estava no vôo também.

Voamos quase duas horas sobre o deserto. Chegamos no litoral e sobrevoamos a costa para o norte. Chegamos em um aeroportinho, no meio do nada para abastecer e deixar o Frances.

Quebrou um dos equipamentos do avião e vamos ter que esperar um pouco. Com essa história toda o tempo fechou e perdemos tempo. Tivemos mais duas horas de viagem, sobre as nuvens, desviando de tempestade na costa, até que chegamos em Damaralang.

Kulala



Tive uma manhã impressionante. O Casal italiano ficou no aeroporto, e vim de co-piloto em um bimotor. Comigo veio um casal de mulheres da Inglaterra.O vôo foi emocionante. Foi um tributo ao meu pai, me vi voando com ele, parecia que estava ao meu lado feliz e concentrado. Para quem não sabe, meu velho era um jovem piloto de aviões. É minha grande ternura de lembrança, nos aviões eu via meu pai feliz e vivo.

A paisagem cor de palha, muitos rios secos, com árvores quase secas marcando suas margens imaginárias. Aos poucos, percebemos montanhas e rochas. Voar em avião pequeno, na frente, é uma emoção de liberdade e amplidão, não e só o quadradinho dos aviões comerciais que estão altos e distantes. Aqui a gente tem uma visão de 270 graus, esse plano enorme. Aos poucos as montanhas vão parecendo mais distantes umas das outras, elas parecem se derreter em vales de gramas, parece que estamos sobrevoando acima das nuvens, aparecem picos de montanhas com uma nuvem dourada.

Descemos no meio do nada. Uma pista de pedrinhas no meio de uma vegetação rasteira, seca e dourada. Uma 4X4 nos espera, perto de uns tambores de combustível. A maior paz que se pode imaginar, uma brisa que já começa a esquentar, alguns veados pastando, bem longe um do outro. Uma estrada que nos leva a um hotel que fica no meio de um vale. O hotel é lindo quase tudo feito com galhos secos e panos bege. Fui muito bem recebido, estou em um apartamento espetacular. Sem internet, telefone ou TV. Estou em um cercado de bambus que me permitem ficar nu, nadar em uma piscininha com hidro massagem, uma cama enorme com paredes de vidro de frente para um vale enorme.

Um paraíso de paz, acho que foi uma das melhores decisões da minha vida, ter vindo para esse paraíso.

Aqui, entre 13 e 16:30 nem os animais se animam a qualquer movimento.

É muito quente e muito frio. Varia quase 30 graus por dia. Não existem nuvens no céu. Os animais migraram para outro lugar, só existem veados, avestruzes, chacais, zebras e raposas. Muitos pássaros e águias.

Nessa época os rios estão secos, permitem essa paisagem encantadora.

A noite não se usa lanterna, basta a luz da lua e das estrelas. Meu chalé fica a 200 metros da sede. São apenas 12 chalés. Come-se muito legume, muito saboroso, mas sempre com muito pimentão.

Passeamos ontem à tarde, vimos poucos animais mas muitas formações rochosas. Subimos em uma montanha para ver o por do sol.


Dia 5 - Segunda feira – 8 da manhã



Estou em um aeroporto chamado Eros, dentro de Wiendouch. Ainda atordoado por tudo, fuso horário, paisagem, pessoas, etc. Já posso começar a falar um pouco sobre o que estou vivendo.

O Vôo para cá foi muito interessante. Encontrei o mesmo comissário velho com quem já voei duas vezes para Moçambique.


Uma comissária negra e gorda. É interessante ver nossos paradigmas quebrados. Quase só tinha alemães. Pés grandes com meias estranhas metidos em sandálias ainda mais estranhas. Tive a sensação que estava indo para uma colônia alemã, ou eles estavam indo ver o que perderam.

Aqui falam uma inglês com sotaque alemão e africano. Como sempre não fazem o menor esforço para entender e se fazer entender. Sempre falam falas longas, rápidas e se peço para falar mais devagar, ou mesmo quando digo que não falo inglês, eles repetem o mesmo com a mesma velocidade.


Cheguei aqui num domingo, e como deveria ser, não tinha nada aberto. Caminhei por muitas horas e descobri que as marcas alemãs eram só no centrinho mesmo. A cidade é muito espalhada, com muita pobreza. São casas de lata. Ao contrario das nossas favelas, aqui as casas são mais afastadas entre elas. Peguei um ônibus e circulei por toda a cidade. Todos abanam as mãos, sorriem e dão sinal para entrar em suas casas.

Parei em um mercado esfumaçado, com várias churrasqueiras, montes de carne e muitas pessoas comendo com a mão. Assando sem usar garfos ou espetos, metiam as mãos nas carnes, partiam com as mãos.

Meu hotel era um castelo, muito bem decorado e com serviço sofisticado. Comi em um terraço, vendo o por do sol e a cidade iluminada. Cama macia e pouco sono. Em compensação foi difícil acordar. Agora estou em um pequeno aeroporto, esperando um pequeno avião que vai me levar ao deserto. Por sorte tem um casal italiano que podem me ajudar um pouco a entender. Tomara que fiquem juntos um tempo, pois assim minha vida pode ser facilitada.

Histórias

Estou no aeroporto de Wiendhok. esperando voo para a África do Sul. Enquanto a bateria, o tempo de internet permitirem, vou postar as mensagens que fui escrevendo durante a viagem.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

noticia

esta tudo bem, apenas estou ha dias sem nenhum contato com o mundo.
nem telefone, nem internet, nem tambor.
nao se preocupem que quanto tiver acesso ponho noticias.
estou no computador do hotel, e tenho que sair logo, pois o sinal e instavel e incerto

domingo, 4 de setembro de 2011

Cheguei a Windhoek

Pronto, 13:30 aqui, portanto devem estar acordando. Estou cinco horas na frente.

Depois de uma noite que foi meia. Sai às 18 horas em um vôo 100% lotado. Consegui ver dois filmes: O maravilhoso meia noite em Paris, e Rio. Depois do Jantar tomei o meu remedinho e consegui dormir sem ver o vôo. Por volta de 1 hora do meu relógio já estavam me servindo o café da manhã. Viagem muito tranqüila e repousante. Fiquei um tempo em Johannesburg à espera do meu vôo para Windhoek.

Parei em uma das quick massagens e colocaram minha coluna em pé. Estou pronto para outra. Como sempre perdido entre coisas bonitas que tem nesse aeroporto. Mas resisti.

Namíbia, olhando de cima é um País cor de palha. Não tem construções.

O Aeroporto fica a 50 km da cidade. e a cidade é um lugar muito tranquilo, com ruas largas e ninguém nas ruas. A presença da colonização Alemã é forte, vou sair para andar um pouco, mas pequisei algo sobre o país para vocês.


A Namíbia, na costa atlântica da África Austral, visinho de Angola, Zâmbia, Botswana e África do Sul.

Os primeiros europeus a desembarcarem e explorarem as suas costas foram os navegadores portugueses em 1485.

Em 1885, a Alemanha passou a administrar o território do Sudoeste Africano.

No começo do Sec XX durante a partilha da África ocorreu o considerado o primeiro genocídio do século.

Em janeiro 1904, o povo local, chamado hererós, organizaram uma revolta contra o domínio colonial alemão. Derrotados pelos alemães foram levados para o deserto de Omaheke , onde a maioria deles morreu de sede. Em outubro, os namaquas também pegaram em armas contra os alemães e foram tratados de forma semelhante. No total, mais de 50% do povo morreu, por inanição ou por envenenamento dos poços

Na Primeira Guerra Mundial, a União sul Africana obteve o mandato para administrar o território.

Em 1966, a SWAPO (South-West Africa People's Organization), um movimento independentista, lançou uma guerra de guerrilha contra as forças ocupantes, mas só em 1988 o governo sul-africano acedeu a terminar a sua administração do território, de acordo com um plano de paz das Nações Unidas para toda a região.

Em 1985, a ONU reconheceu a tentativa da Alemanha de exterminar os povos hererós e namaquas do Sudoeste da África como uma das primeiras tentativas de genocídio no século XX.

A Namíbia tornou-se independente da África do Sul em 1990.

O governo alemão pediu desculpas pelos eventos em 2004

A Namíbia é um país com cerca de 1 500 000 habitantes, concentrados sobretudo no Norte e na zona da capital. A densidade populacional é reduzida ou mesmo zero, como no caso da região da Costa dos Esqueleto. A taxa de natalidade é alta, mas a percentagem de soropositivos atinge os cerca de 15%, pelo que não se espera grande crescimento nos próximos anos. Em relação à taxa de mortalidade infantil, esta situa-se nos 72 por cada 1000 crianças, sendo a esperança média de vida de apenas 39 anos.

Pais Católico, predominantemente Luterano.

Governo democrata presidencialista, bicameral.

A base da economia da Namíbia está na extração e processamento de minerais. A mineração compreende 20% do PIB e faz da Namíbia o quarto maior exportador de minerais não-combustíveis da África e o quinto maior produtor de Uranio do mundo.

Aproximadamente metade da população depende da agricultura para viver. A renda per capita da Namíbia, cerca de 4500, seja cinco vezes maior do que a média dos países mais pobres da África, a maioria do povo da Namíbia vive na pobreza, principalmente por causa do desemprego em grande escala e da má distribuição de renda, fazendo com que a maior parte do poder econômico esteja nas mãos da minoria branca. A Namíbia possui a pior distribuição de renda do mundo.

Windhoek

Windhoek ou Vinduque é a capital da Namíbia. Com uma área de 645 km² e 230.000 habitantes, tem uma densidade populacional de 356.6/km².

Windhoek é um importante centro do comércio de peles e ovelha

O nome Windhoek é derivado da palavra Wind-Hoek, que significa "canto do vento".

A cidade prosperou durante algum tempo, com o afluxo de colonos africânderes, mas as guerras entre Nama e Herero acabaram por destruí-la.

Em 1878, foi incorporado pelo Reino Unido, embora não estivesse interessado em estender a sua influência para o interior. Um pedido por parte de comerciantes resultou na declaração do protectorado alemão do Sudoeste Africano em 1884. Em 1890, a Alemanha enviou uma força militar de proteção para manter a ordem. Esta força estabeleceu-se em Windhoek, interpondo-se entre os Nama e os Herero.

Windhoek foi fundada em 18 de Outubro de 1890, quando Von François iniciou a construção de um forte, hoje conhecido como Velha Fortaleza (Alte Feste). A cidade desenvolveu-se lentamente, com apenas os edifícios essenciais e pequenas explorações agrícolas de frutas, tabaco, e gado. O desenvolvimento acelerou a partir de 1907, com a imigração de colonos vindos de outras partes da Namíbia, da Alemanha, e da África do Sul.

Durante a Primeira Guerra Mundial, tropas sul-africanas ocuparam Windhoek em Maio de 1915. Durante os próximos cinco anos, a Namíbia foi administrada por um governo militar, provocando a estagnação da cidade e do país. Após a Segunda Guerra Mundial, o desenvolvimento recuperou gradualmente. A partir de 1955, foram iniciados grandes projetos de obras públicas, incluindo a construção de escolas, hospitais, estradas, e a construção de barragens e aquedutos, que finalmente estabilizaram o abastecimento de água potável. O desenvolvimento da cidade acelerou-se com a independência da Namíbia em 1990.

Windhoek está situada numa região semi-desértica, com dias geralmente quentes (muito quentes no Verão), e noites frias, sendo raras as temperaturas negativas. As temperaturas mínimas situam-se entre 5 °C e 18 °C.

A maior parte da chuva cai nos meses de verão. A seca ocorre normalmente uma vez em cada década.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Namibia

Bem amigos

Estou partindo para uma nova jornada. Depois de um ano intenso de trabalho, vou aproveitar uma viagem de trabalho para tirar uns dias de descanso.
Tenho passagens a trabalho para a Africa do Sul. Vou aproveitar e viajar uma semana antes.
Vou dia 3 para Johannesburg, dia 04 para Windhoek (capital da Namibia)
Dia 05 vou para Sossusvlei e Deserto da Namibia - Passeios de 4x4 e sobrevoar o deserto de Balão.
Dia 07 vou sobrevoar a Costa dos esqueletos e navegar entre leões marinhos, golfinhos, pinguins e baleias (toma que o tempo permita)
Dia 08 chego a Damaraland para caminhar pelas rochas do deserto em busca do perigosos Elefantes do deserto, rinocerontes, avestruzes e outros bichos que nunca ouvi falar
Dia 09 chego ao Parque Etoscha para acampar no parque e safaris noturnos.
Dia 11 vou pegar quatro voos para chegar em Maputo no dia 12.
La vou encontrar Eliana e trabalhar. Lógico que dia 15 vou para Africa levar Eliana para fazer um safari.
Voltamos dia 16 e chegaremos no Brasil dia 17.

domingo, 16 de janeiro de 2011

Quase

Depois da longa noite (foi um noite de 21 horas) das quais 13:30 dentro de um avião, eu cheguei em Amsterdam. Caminhei por mais de 10 horas pela cidade. Nada como o silêncio de uma cidade que tem alma para compensar o susto de Singapura.
Amanhã levanto cedo e vou para o Brasil.
Segunda feira, final do dia estarei por essas terras.
Valeu muito a pena.
Obrigado a todos pela companhia, obrigado pelos e mails.
Tenho certeza que essa história fez um pouco de carinho no coração de cada um.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

ET....ET quer telefonar casa...ET telefone home

Camboja é um lugar especial. Quando alguém quiser vir para a Ásia, precisa reservar um tempo maior para ficar aqui. É um pais muito pobre, com mais de 92% ainda vivendo em zonas rurais. Sufocado e ainda com medo por tudo que passaram.

A história não é linear, pois aqui já teve grandes impérios. As construções são monumentais. A partir de 1500 começaram a decair, a ser invadidos, escravizados, explorados e massacrados.

Seu povo é o mais simpático que se possa imaginar. Claro que existem horrores, corrupções e coisas do Gênero.

Vale a pena contar um pouco do que vi.

Desde que cheguei aqui em Siem Riep, fiquei assustado com as condições em que vivem os vietnamitas daqui. Claro que não são todos, são os que fugiram do Vietnã na época da guerra, por serem apoiadores dos EUA. Com a vitória do comunismo em toda a Indochina, eles perderam sua cidadania e perderam todos os direitos. Vivem em palafitas à margem do rio, dentro da cidade. Agora seus filhos nascidos aqui podem ser registrados como cambojanos e freqüentar escolas.

Ontem fui ao lago central do pais. Fui de Ônibus até um certo ponto e depois peguei um barco em um canal muito longo que é construido todos os anos com a seca. O lago está baixo, pois tem uma ligação com o rio Mecong.

Ao chegar no lago conheci uma vila flutuante. São quinhentas famílias, Desses vietnamitas que não podem ter terra, eles juntam bambus e constroem casas flutuantes.

Criam peixes no quintal, crocodilos e abanam a mão para nós.

Agora estou em outro planeta. Fui abduzido pela noite e me jogaram em um planeta estranho. Prédios enormes. Ruas limpas. 8000 habitantes por Km quadrado, 97% da população tem casa própria, quer dizer apartamento próprio. O trânsito flui bem, o metro é uma beleza. Tem calçadas muito limpas, jardins bem cuidados. Este país só tem uma cidade e não tem nenhuma zona rural. É o primeiro mundo em serviços. Não tem nenhuma nascente e nenhum rio, mas exporta agua tratada. O salário mínimo para quem tem segundo grau é de US$1500 por mês.

Nesse planeta, há importação de terra, pedras e areia pata jogar no mar e fazer crescer seu território.

Para quem está chegando do Camboja, Singapura é o maior choque que eu podia ter.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

ANGKOR



Loucura, loucura, loucura.
No Seculo XII havia uma cidade de mais de um milhão de habitantes, com 1080 templos.
Enquanto a Europa tinha seus castelinhos, no Sec X, havia uma construção com 52 torres de mais de 40 metros.

Existem histórias que a história não conta.
Nunca mais vou me assustar com as coisas da Igreja católica. suas construções são muito moderninhas para meu gosto.

Existe uma cidade que foi abandonada depois da invasão da Tailândia (SEC XII) que teve quase seiscentos anos (um pouco mais do que o tempo do Brasil, para que as árvores crescessem e cobrissem os templos





Ontem fui ver um espetáculo. Suas danças são com as mãos e o pés .
As crianças, todas as crianças aprendem balé na infância e tem que fazer exercício para conseguir dobrar suas mãos e pés para fazer os sinais.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Siem Reap

Siem Reap é uma cidade de 90 mil habitantes. Atualmente tem 120 hotéis muito bons. As ruas parecem charmosas, embora permaneça a bagunça das lojas a cada porta, tudo com calçamento quebrado e bastante sujeira. Tem um grande charme, embora esteja vazia, pois os turistas devem estar visitando as ruínas.
As ruinas de Angkor Wat é um conjunto monumental de construções. Já marquei hora e vou tirar minhas credenciais às 15:30. Devo levar uns dois dias para ver uma pequena parte do conjunto.
Esse não é o primeiro patrimônio da humanidade que visito nessa viagem. Já tive a Baia de Halong, os templos de Vientiane, a cidade de Luang Prabang, a cidade Hoi An, a tumba de Tu Doc e a Cidade imperial de Hue. Parece que Angkor é a mais impressionante, vamos ver.
Enquanto espero minha hora de ser atendido, acho bom contar um pouco a história do Camboja.
Durante muito tempo, desde antes de Cristo, tudo isso era o reino de Sião, com espiritualidade animista. Um príncipe Indu conquistou essas terras e depois casou com a Rainha de Sião, por isso a presença do induismo na história e nos monumentos dos primeiros séculos. Com a presença do chineses, chegou o Budismo que domina 90% da população. A partir de 1960, os franceses e dividiram muito essas terras, surgindo a Tailândia, a Birmânia, o Vietnã, o Laos. Boa parte dessas terras já foram do Camboja.
Os franceses agüentaram aqui é 1956, depois da guerra a frança não tinha mais condições de manter suas colônias. Houve tentativa de retomada até 58, mas com o início dos anos 60 os americanos precisavam marcar presença para impedir o crescimento do comunismo.
A guerra começa no Vietnã (eles estavam no Sul) e os Russos apoiavam o Norte.
Com o crescimento do norte e as resistências dos Vietcongs, muitos deles fugiram para cá, com isso os ataques para cá foram muito fortes.
Após a saída dos Americanos, tomou posse aqui um governo Maoista (comunismo Chinês) que hoje é chamado de Governo Genocida (foram 40 anos de profundo massacre contra o povo).
O Vietnã atacou o Camboja e conseguiu acabar como Genocídio, mas o Camboja passou a ser colônia do Vietnã. Isso durou 10 anos.
Só em 92 reestabelece o Reino, nomeia primeiro ministro e retoma a independência.
O ditador antigo fugiu para as montanhas e morreu de velho. O principal responsável pelas torturas do campo S21 (matou mais de 3 milhões de compatriotas), ainda está vivo, foi preso e está aguardando julgamento.
Ao questionar sobre a revolta com esse indivíduo, eles dizem, "Ele é uma alma má, nós somos budistas, se fizermos alguma coisa contra ele, nós seremos pior do que ele"
ETA Nobreza....
O Salário de uma professora aqui é de US$ 100,00 por mês. Para se virar, acaba fazendo comércio de livros, papéis e colas para prova. Dizem que a corrupção aqui começa nas escolas.
É isso, acho que resumi um pouco da história do nosso tempo.