É o fim do caminho,
É o mistério profundo, é o queira ou não queira. O medo que eu tinha de vir,
o impulso que tive de desistir, enfrentar os mundo sempre querendo e temento.
É o pé é o chão é a marcha estradeira.
Só na marcha que vamos desfazendo os fantasmas e
descobrindo que cada pingo pingando é uma conta,
é um conto.
Ontem foi um dia de começar ações
de retorno. Sai para fazer compras, mas esuqeci de levar dinheiro , já estava muito longe e depois de muita caminhada. Descobri que o endereço era duplicado e eu estava muito longe. Ainda bem que o passe do bonde vale por 24 horas e leu havia comparado na noite anterior. Mais uma vez me ponho a andar. Descobri que aprendi a gostar muito de Zurich. Foram dias andandano por essas ruas. Resolvi comprar outra mala, pois o peso da minha está grande, posso evitar de pagar excesso.
Depois de arrumar a mala e deixar só o que vou precisar para voltar, ainda mais vendo que a previsão era de dia um pouco mais quente. Resolvi sair para andar mais e fazer minha despedida, quem sabe comprar alguns presentes. Que bom. Começou a chover e acabo por ter que optar por almoçar e beber alguma coisa. Foi legal observar a vida que os velhos tem nessa cidade, ver o carinho com que são tratados e o bom humor dos garçons. Revi toda a condição de vida para o povo, muito digno e eu havia esquecido de comentar.
Por falar em esquecimento, tenho provocado alguma ira dos motoristas, fico na calçada esperando para atravessar, os carros param e dão sinal para eu passar. esse vício é difícil perder, pensar que pedestre tem que tomar cuidado com o trânsito.
Quando tomava o bonde para voltar, encontrei com o psiquiatra da república dominicana que conheci no domingo. Conversamos um pouco e ele me contou que estava indo para a reunião de um grupo de convivência e manutenção. Ele trabalha com imigrantes e cuida de apoiar a saúde mental das pessoas afastadas de suas raizes. Achei muito interessante e admirável o trabalho dele. Então me convidou para ir à reunião.
Foi muito interessante, eram seis pessoas, todas tinham sido clientes dele e mantinham uma forma de apoio e solidariedade. Vivem muito bem, são felizes e só pensam em visitar seus paises pra ver parentes que reclamam sua presença. Encontram formas de manter seus vínculos, foi muito engraçado quando um dos brasileiros contou que descobriu um lugar que estava vendendo guaraná. Coisas desse tipo são tão importantes.
A vida, por vezes dura, não impede que essas pessoas tenham formas tão sutis de encontrar sentidos. Fico muito grato a elas por me acolherem permitir que eu tenha visto isso.
Obrigado também as pessoas que me acompanharam nessa viagem.
Recebi mensagens tão carinhosas, foram mais de 2.000 visitas no blog.
Viajei sozinho mas acompanhado e sabendo que tenho bons amigos que sabem apoiar e incentivar.
Foram 9 vistos de policia de imigração.
Foram 13 embarques sendo que um deles demorou 2 dias.
Muitos km de estrada.
Foram 18 arrumadas de mala para mudar de cidade.
Nevascas, terremotos e uma multidão de conhecidos e apoiadores.
Essa experiência de se descobrir capaz de conversar com todos os povos (eu não falo nada de nenhum idioma)
Comer comidas maravilhosa e voltar com minha malinha de medicamentos intacta.
Rezei muito Pai Nosso, em tanta igrejas que conheci. Curvei minha cabeça a tantos Budas, Brahmas, Alahs e símbolos orientadores de paz e de amor.
Só não sei como voltar. mas amanhã dia 31 estarei ai.
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