quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Butão = caminhadas morro acima para chegar nos templos


Era um sonho conhecer o Butão.  Queria poder compartilhar mais e entender o que se passa em seus hábitos, ritos e culturas. É uma pena que estou aqui faz quatro dias e consegui conversar pouco.
Eles não tem estrutura e não estão interessados em turistas. Embora eu tivesse pedido um guia em espanhol,  não só ele não apareceu como ninguém é capaz de decidir nada. Todos dizem eu não sabiam de nada.
Tenho tentado me virar com meu parco inglês,  mas tenho conseguido entender bastante. Apenas o meu guia que é muito complicado. Quando começa a falar, cita as datas como os meninos de Olinda. Se faço uma pergunta, não só não entende, como repete tudo que havia dito antes. Então está melhor observar e pesquisar.
Aqui os espaços de vida são muito restritos. Somente nos pequenos vales fazendo terraços de agricultura. As casas são muito parecidas, e o que fazem é ir aos templos. Templos também muito parecidos. O pior é que para chegar em um templo, tem que caminhar muito. Chegando lá é um templo pequeno, onde você não pode tirar fotos, e o meu guia fica levando oferendas, batendo cabeça no chão e dando dinheiro para um monge jogar um pouco de água na mão dele. Depois disso bate mais cabeça e compra mais oferenda para levar ao próximo templo.
Ao mesmo tempo que é bonito ver tanta fé, é estranho tanta oferenda que dizem que vão dar aos pobres, mas aqui não tem necessitados.
Fora os templos, aqui há pouco o que fazer, nem lojas, nem ruas para caminhar, pois é tudo na beira do precipício.



Está valendo a pena viver isso, mas não é lugar para  quem quer apenas se divertir. Todos os lugares tem fotos do rei e da rainha (uma gata, por sinal).
Descobri que por algum motivo a população masculina aqui é maior que a feminina, deve ser por isso que se vê tantos monges. Mas isso também não tem lógica, pois já visitei dois monastérios só de mulheres. Que dó ver as meninas de cabecinha raspada.
Hoje aconteceu uma coisa muito divertida.
Quando estava dentro de um templo, entrou uma família  (pai, mãe d dois meninos) Enquanto eles faziam seus rituais de flexões para as imagens do Buda, o pequeno começou a fazer suas flexões e bater a cabeça em minha direção. Foi muito bonitinho, os pais o viravam e ele se voltava para mim. Acho que é porque aqui tem um Buda barbudo, de barba azulada.
Amanhã eu pego estrada outra vez e vou para Paro. Não sei se vou ter internet, acredito que sim, pois estarei na única cidade que tem aeroporto. Depois de amanhã começo a mudar de rumo. Depois de países Hindus e Budistas........

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