sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Estocolmo II


Viu como o dia está bonito
Estocolmo, estou calmo. O dia amanhece e o tempo não melhorou, ou seja, piorou.
Eu não sei explicar, sei que não é neve, pois não forma os cristais e nem tem leveza para cair. Esse negócio cai como chuva fininha, mas tudo fica branco, mas molha. O dia todo nesse não chove, mas molha. 
O que havia planejado, de pegar um barco, pode desistir porque os canais estão todos congelados, ou seja em todo o inverno não tem passeios de barco. 
Caminhar pelas ruas dessa bela cidade é possível, mas não muito. 
O remédio é aproveitar a passagem do ônibus e dar outra volta, mas agora sentado do outro lado do Onibus. Pesquisar um pouco e desccobrir que a cidade tem 72 museus.Resolvido optei em ir ao Museu Nórdico, claro que alguns amigos teriam prefido ir ao museu ABBA.
O museu é muito legal. Objetos e apresentação muito bem feitos. Divertido, interativo e com informações bem feitas. Trata-se de toda a vultara nórdica não só a sueca.
Tem parte sobre móveis, design e habitações, objetos, joias, roupas, fotos e folclore. São nove alas com exposições muito vem feitas.
Difícil é ver muita coisa que a gente usou e viu em casa, hoje fazendo parte de museu.
Ah, coisa boa: a comida do museu é deliciosa e bem mais barata que na cidade.
Fora isso o negócio foi caminhar pelas ruas da parte histórica, com um monte de lojinhas de souvenir. O bom depois de um tempo de viagem é que a gente descobre que é tudo igual e já não quer comprar nada. Vem aquela noção de obrigação de "preciso levar pelo menos uma lembrancinha", passa logo, pois mala não tem espaço. Tudo legal quebra, tudo pequeno é besta, o que tem de alternativa eu já levei das outras vezes. Diante desse dilema, comprei meu tripé para as fotos e bebi cerveja.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Estocolmo - Sem síndrome

Depois de uma noite em Bergen, o tempo de aeroporto, outra vez aquela novela de sempre. Dessa vez, explicar o que são as bolinhas de homeopatia para o policial, foi divertido. Ele testou todos os líquidos na minha mala de fotos, desde o limpador de lentes, até os remédios de homeopatia. passava em uma tira de teste de reagentes. Comigo não foi nada, antes de mim, uma mulher com estojo enorme de maquiagem, já viu o tempo que levou.

Consegui uma foto do avião que dá para ter uma melhor idéia dos Fjords.

Fora isso, consegui chegar em Estocolmo, levei um susto, pois vinha de ciades pequenas e volto para uma construção grande, dura e elaborada. O que pude fazer foi sair no ônibus de Hop-on Hop-off. Dei uma volta completa para entender essa estrutura. São sete ilhas, com muitas pontes e construções que confundem em um primeiro contato. Parece legal.



quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Kirkenes e aurora

Meninos eu vi.
É verdade, a energia das explosões solares entram na terra pelos polos. É uma emoção inexplicável.improvavel, impalpável, impecável, insolúvel, indissolúvel e todos os demais ins que quiser.
Muito frio e eu jantando, de sapatenis, meia simples, malha fina. Deu uma intuição, passei no quarto, peguei um casaco e a câmara.
O convés do navio, com vento forte e abaixo de 20 negativos e um cretino achando interessante o que parecia uma neblina no alto.
Resolvi testar a câmara, fui aumentando a abertura, aumentando a exposição, até que num dado momento consegui disparar um foto. Que surpresa, na foto fica mais visível. Consegui fotos com quase todas as cores da luz. A mão congelava, eu me apoiava nos tambores gelados, o frio cortava e eu não conseguia parar de disparar fotos, ficar segurando firme, por mais de 30 segundos, sem tremer e sem respirar.


As estrelas que aparecem nas fotos como um risco, mostram que o barco estava em movimento e o mar balançava muito.

Agora vou ter que investir e comprar outro tripé. Esse negócio usa muito espaço na bagagem, mas agora estou na reta quase final. Vou passa algumas noites em um iglu no norte da Finlândia. Acho que o tripé vai fazer falta.



Difícil foi zerar a adrenalina. Uma euforia, uma gratidão com a vida, com o universo e um sentimento de paz, harmonia e ternura com as possibilidades.
Depois de dormir pesado, acordei tarde. Fui ver meu dia e descobri que o horário da minha passagem não permitia que eu fosse ao Safari no Ártico. Triste esse sentimento de interromper um movimento. Sacar que acabou o meu tempo no Hurtgruden (cia do navio).
Respira fundo enquanto olha pela janela do aeroporto. Hoje eu volto para Bergen , amanhã termina minha passagem pela Noruega. Um belíssimo pais, não é em vão que dizem que essa é uma das viagens mais lindas do mundo.

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Honningsvag e Cabo Norte - O fim da Europa

Pois é, a gente vai caminhado até que chega no limite. Daqui náo se pode ir mais, só cientista e expedições, e eu não tenho esse privilégio de ter escolhido essa profissão. É muito lindo, é uma viagem que vale a pena, que me desculpem os que tem medo do frio, mas acho que tem que ser no inverno. A gente não pode imaginar, que esse mar, esse frio, essas histórias, são tão cotidianas para essas cidades e essas pessoas que vivem nessas condições. Ter esses dias curtos e ter um sol da meia noite. É tão inimaginável que chega a ser mágico.
Criar esse habito de olhar o céu, o horizonte e ter tempo para que a paisagem mude, mas o dia só está amanhecendo ou anoitecendo, falta dia no meio dos dois.
Hoje fui até o cabo norte. o limite da europa com o mar. O sol desgrudou do horizonte por exatos 50 minutos. Tudo é branco e cor de laranja, tudo é sombra mas é luz.
Às 5 horas da tarde, o navio resolveu dar uma aula de crustácios, muito legal, mas já era noite fechada, ventava muito e estava abaixo de -25 graus. o pior é que eu fui.
Estou com medo de olhar meus bilhetes e programação. Amanhã eu chego em Kirkenes e é meu destino final nessa viagem. Volto para Berguem e de lá eu mudo de País. Vou coninuar tentando perseguir essa Aurora.





segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Tromso - Porta do Ártico

Ontem à noite cheguei nas ilhas Lofoten. Apesar de sempre parecer que estamos navegando entre ilhas. Sai de noite e fui a uma festa viking. Claro que essas coisas de turista que acabam em uma lojinhas. Foi legal, as casas amplas e isoladas, sempre muito iluminadas por dentro nós convidam a uma certa invasão de privacidade. Olhamos pela janela e vemos um bom gosto e aconchego gostoso das famílias.
As construções vikings são interessantes, suas musicas são bonitas, suas danças circulares em torno da fogueira ajudam a acalmar o frio. A comida sim, essa deu um show nas comidas daqui. Carneiro assado, arroz integral, cenoira cozida inteira, molho gostoso, um pão diferente, uma pasta que ficava entre o requeijão e o creme de leite e geleis. Hummmm... A cerveja artesanal era bastante adocicada.
Na saída, um italiano, chamado Paulo, que era guia do ônibus, me mostrou uma aurora boreal, disse que era grau 1, muito fraca e nem dava para fotografar. A impressão era de que havia uma cidade iluminada atraz da montanha. Subia uma luz azulada, mas que tinha um movimento interno.
Hoje, está muito frio. Menos 17 não é tão mais frio, mas a sensação está forte. Tenho tido sorte de ter dias claros, isso é bom para poder curtir as alvoradas longas, mas dificulta um pouco ver a luz da noite, pois quando está nevando a neve reflete mais a luz.
Hoje, para começar, a lua vei nos dizer bom dia.
 Até o exercito deu uma voltinha no nosso barco, soltava uma fumaça que não dava para entender o que era.
 Às duas horas da tarde, paramos em Tromso. a entrada para o ártico. Uma cidade grande, com universidades e toda pesquisa é centralizada aqui. Vejam que duas horas, o sol já está se pondo.
 Depois de um city tour bobinho, a grande surpresa. Entrei no aquário, com poucas mas bem cuidados peixes.
 Depois assisti a um documentário de arrepiar.
sala com cinco telas formando 180 graus. e imagens lindas de aurorora Boreal, sua explicação e tudo o mais. Depois um filme sobre os animais e os fjords. pqp que imagens.
Desisto de tirar fotos.
fique com esse final de dia às 16:30

domingo, 26 de janeiro de 2014

Bodo



Navegar por essas águas, com esse frio cortando e eu cantando Cartola.Vê se pode, acordar cedo e ficar horas vendo o sol nascer. essa alvorada.."Alvorada lá no morro/ Que beleza/ Ninguém chora/ Não há tristeza/ Ninguém sente dissabor./ O sol colorindo é tão lindo/ É tão lindo/ E a natureza sorrindo/ Tingindo, tingindo".

Aqui o dia dura menos de três horas. Mas o amanhecer demora outras três. Como navio andando então, a gente vai vendo um novo amanhecer a cada momento.Dai a gente pula de Cartola para Vinícius e canta:"Pra que chorar/ Pra que sofrer/ Se há sempre um novo amor/ Em cada novo amanhecer".

Com o tamanho dos amanheceres que existem aqui, o Vinícius teria se casado menos vezes porque o amor deve ser do tamanho do amanhecer.Comprei uma canequinha termica, encho de café bem quente e levo comigo. É sempre gostoso algo quente por dentro.


BODO é uma cidade diferente. Sem a influência alemã, é moderna, sem muros ou cercas, sem casa geminadas. é outro mundo. Parece ser uma das maiores cidades dentro do círculo polar. Uma cidade universitária. Como atravessei a cidade onibus e o vidro era escuro, acabei ficando sem boas fotos da cidade. mas olhe o entardecer.



sábado, 25 de janeiro de 2014

Trondheim

Trondheim foi a primeira capital da Noruega, parece que está na desembocadura de um rio, mas também parece um fjord. O que importa é que é umca cidade com com 175 mil habitantes, ruas largas, um friiiiiiiiiiiio e um veeeeeeeeeeeento.

Desci do navio para caminhar era cerca de 8:30 da manhã, o céu já pintava de laranja e achei que fosse esquentar. Que nada o vento aumentava que muitas vezes era difícil caminhar. Abaixo de -12, e vento forte, dava até medo de atravessar pontes. Pela manhã estava quase tudo fechado, inclusive a catedral que é super recomendada, estava em obras para acertar seu órgão.

Com todo esse frio e com o preço da cerveja a bordo, pensei em comprar uma Vodka. Á bordo eles só podem vender uma dose. Parece que aqui a venda de álcool e bem regulada. Nos supermercados, o máximo que consegui achar foi latinha de Smirnoff ice.
O que a cidade tem de muito legal são seus enormes armazéns construídos sobre palafitas. Canais para pequenos barcos.

Essa noite devo entrar no círculo polar ártico.ou seja, a partir desse ponto é possível ver o sol da meia noite no solstício de verão. O dia mais curto do ano, o solstício de inverno foi há um mês.

Agora é a torcida, pode ser que a partir dessa madrugada já seja possível ver a aurora Boreal. AH!!!! Coração....segura.

Obs. Estou com dificuldade de mandar e mail por qualquer endereço.

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Alesund - Capital do bacalhau

Primeiro acertar documentação, fazer o treinamento de segurança e me alojar na cabine. Depois de explorar um pouco o navio e nem precisou tanto tempo assim, pois estão apenas 50 pessoas (turistas à bordo) tem apenas um café e o restaurante. Área externa, é para momentos de coragem, com o vento e frio abaixo de -5 graus.

A comida é daqueles buffet que misturam de tudo e parece que vai se repetir a semana inteira. Por falar nisso eu pendurei minhas roupas e vou passar uma semana sem arrumar mala. UAU!!!!!!
O café da manhã, quando estávamos em mar aberto, foi difícil, pois o barco balançou demais, era difícil você conseguir se servir e chegar à mesa com seu prato. Comi pouco e resolvi que ia dormir mais, pois o sol só cá as caras às 9:30.
O dia amanhece por muito tempo.
Para se ter uma idéia essa foto eu tirei às 12:30. Isso é sol a pino. Logo ele se põe. Por volta das 15:30.

Ålesund é uma cidadezinha da Noruega, com 98 km² de área e com pouco mais de 40 000 habitantes. A cidade foi totalmente destruída por um incêndio, ontem completo 110 anos. Como era moda em Paris, resolveram reconstruir a cidade através do processo moderno de Art Nouveau. Atualmente é considerada a capital mundial do bacalhau, com várias indústrias de beneficiamento do bacalhau, sendo um processo manual. 



Bem que eu queria conhecer o morro e a indústria, além do aquário, é claro. Mas para esse passeio era preciso ter 12 participantes, só eu me interessei. Aliás, estou me sentindo jovenzinho nesse navio.


quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Bergen

Quando o dia amance a -1, a gente volta para a calça jeans, tira meia de lã e sai todo faceiro.
Fiz bem, pois aqui tinha até umas coisas azuis no céu. É sim, eles dizem que o céu é branco ou cinza, de vez em quando aparecem núvens azuis.
Haviam me prometido um guia que falasse português para uma caminhada de duas horas. Claro que ele não veio, perdi um pouco de tempo esperando. Com a ajuda da recepcionista do hotel, ela falou com a agência e me mandaram encontrar uma guia em espanhol, no mercado de peixes. (que beleza de mercado)

Assim foi, Encontrei Luisa, uma espanhola de Barcelona, ela me apresentou um feirante italiano que resolveu me fazer experimentar alguns iguarias e peixes, entre eles a baleia defumada, para eles uma preciosidade. Descobri que alguns países que tinha hábito de comer baleias, tem permissão para caçar um certo número delas por ano.

A cidade de bergen é uma gracinha.
são 250 mil habitantes. É um porto estratégico de mais de mil anos, mas as construções tem no máximo 105 anos pois a cidade foi destruida por um incêndio começo do sec XX.  Por sinal já tiveram muitos incêndios por aqui. Era tão comum, que começaram a construir casas com fachada de pedra mas estrutura de madeira, para que se quimassem, pudessem manter a fachada.
Tembém foi interessante perguntar sobre a quantidade de casas pintadas de vermelho. É que historicamente a tinta branca era muito cara e precisava ser importada. Eles sabiam fabricar tinta vermelha, com alguns minerais e sangue de animais, assim em todas as fazendas os estábulos e celeiros eram pintados de vermelho. Só se pintava de outra cor a casa dos donos. Hoje eles aprenderam a achar bonito.
Outra coisa interessante é o que eu já desconfiava. os Fjords são todos ao nível do mar, todos tão braços de mar que tentam buscar a gente no interior para vir navegar.
Aqui teve uma influência muito grande dos alemães, não por conquistas, mas pelo comercio. Os Alemães Hanseáticos, buscavam comercio pelo mundo. Aqui encontraram formas de preservar o peixe (conservas, defumação e o salgamento) Isso rendeu grande negócio, principalmente porque os países católicos não conseguiam pescados suficiente para a quaresma.

Depois de caminhar muito, curtir a cidade, acabei indo jantar comida típica. Comi uma rena muito gostosa, com molho de cogumelos, aspargos, cebola caramelizada e uma frutinha azedinha, muito gostoso.

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Flam

Dia amanhece sem nevar, mas mais frio. Tomei café com muita calma, pois tinha uma série de viagens pela frente. 
Tenho que tomar o trem das 11:37. Descer em Myrdal às 12:39, para correr e achar a plataforma do outro trem que parte às 13:00 para Flam.
Até aí tudo bem, pois aqui, até agora podia acertar o relógio pelo trem.
A primeira surpresa do dia. O meu trem esta atrasado em 15 mim. É o que avisa o mural. Meu dilema é cruel. Será que vou conseguir mudar de trem em 6 min? Será que o outro espera? (Acho difícil). Será que tem outro jeito de eu chegar a Flam, pois meu barco só parte às 15:10. Se perder o barco deve haver outro jeito de chegar em Bergen, ou dormir em algum lugar para chegar amanhã. Vamos ver o que acontece

Depois de ligar para o Brasil, acionar a agência para saber orientação, o trem chegou com 26 min de atraso. Isso significa... Ferrou a possibilidade de chegar a tempo.
No trem o perfurador de bilhetes me reconheceu da viagem de ontem, foi super simpático. Dei um jeito de explicar para ele minha situação. Ele me informou que o mais improvável: fique tranquilo que o outro tem espera. Ufa!!!!!!! Não vou ter que perder a descida. Converso outra vez com Brasil, e relaxo.
Começo a entender o porque das informações sobre essa estrada, onde dizem que foi perigosa, pelas mudanças de pressão, ventos e climas. Em muitos lugares eles tiveram que construir túneis, coberturas e proteções laterais. Dizem que agora é das ferrovias mais seguras.

O sol deu as caras, e neve com sol é outra história. Lindo e possível de ver.





Por fim acabei chegando na estação exatamente as 13 horas. Atravessei a plataforma e o meu trem partiu.
Agora, é outra história.

Uma locomotiva e apenas dois vagões. Cinco passageiros em um vagão e eu sozinho no outro. Um vala muito, mas bota muito nisso, muito profundo e as montanhas muito altas, repletas de cachoeiras congeladas. Um espetáculo exuma emoção tão grande que abri as janelas, dos dois lados. Esqueci que estava a menos12 graus..
A estrada é uma descida acentuada, com muita e longos túneis escavados na pedra. Quando acaba o túnel, outra paisagem mais linda ainda.
Em uma grande cachoeira, o trem parou. Eu e o maquinista descemos. Aproveitei e pedi para ele tirar uma foto minha.





















 Por fim navegar pelos fjords. Lindo