Foi
assim:
Sai
de Sampa, parei em Madri e cheguei em Milão.
Em
Milão fui convidado para a Santa Ceia, sai para caminhar com Leonardo da Vinci e ver que
moda é algo muito legal sem ficar com modinhas e palhaçadas.
Em
Veneza descobri uma forma de governo que garantia um império justo e a teimosia
para ser devoto de São Marcos persistindo em não ser dominado.
Em Ljubljana uma capital linda, alegre e festiva, com gente pelas ruas em uma
Eslovênia que busca recuperar sua nobreza austro-húngara superando a dominação
de Átila e se esquecendo de uma fase Iugoslava.
Em
Postojna entrar em cavernas profundas onde nascem as salamandra e descobrir o
castelo onde Erasmus conseguia viver dentro da montanha.
Em
Kamnik ver a vida rural/urbana do interior que tem história, memória e
simplicidade no pé da montanha e no caminho para o grande império.
Na Croácia ver uma Zagreb que se reconstrói e uma orquestrar que toca na varanda
mesmo com temperaturas negativas.
Em
Plitivice caminhar entre lagos e cachoeiras de águas transparentes e passar por
áreas de combate que foram totalmente recuperadas.
Em
Troguir ver igreja com tantos símbolos tão diferentes e bem feitos além de
caminhar por ruas que tem vida desde um século antes de Cristo.
Em
Split poder descobrir cantinhos dentro do templo de Deocleciano, uma mistura de
tudo e um mistério de tanta história.
Em
Dubrovnik poder caminhar em uma cidade medieval tão viva e acolhedora, subir
ladeiras ver celebrações com muita nobreza.
Na
Bósnia Herzegovina poder ver Mostar, chorar sua ponte reconstruída e suas
construções marcadas por balas e pelo abandono.
Em
Pocitelj poder escalar uma montanha entre casas de pedra e minaretes silêncios
à margem do rio.
Em
Sarajevo poder ver a dor e a dignidade de um lugar que já viu tantas guerras em
tão pouco tempo. Ter diversas religiões e culturas e um silenciar que faz
barulho
Em
Montenegro desviar da chuva em Kotor para sentir mistérios em seus montes.
Em
Budva poder perceber esse impasse entre história e comercio.
Na
Sérvia poder sentir o grande império que foi a Iugoslávia e ver uma Belgrado
imponente forte ostentadora de lembranças e guerras.
Em
Novi Sadi penetrar na história de cidades e templos que guardam a tradição em
sua comida e licores.
No
Kosovo ver o contraste de uma Pristina recuperada e sem cultura, tutelada e em
busca de uma liberdade que não chegou.
Na
Macedonia ver uma Skpja que tem tanta escultura que parece um museu a céu
aberto, com bairros tão históricos e acolhedores.
Em
Ohrid descobrir um lago e templos e escavações que mostram um centro urbano
muito importante para a História da humanidade e da Europa.
De
volta à Itália, poder rever Roma e uma cidade com centenas de anos de vida e
com marcos tão significativos, além do Vaticano com um Líder tão forte falando
em sua janela.
Em
Orvieto subir a encosta para chegar em uma cidade tão acolhedora no alto da
montanha entre muros tão fortes à beira de precipícios
Em
Assis penetrar num mundo e numa energia indescritível, além de uma capalinha
tão singela e tão poderosa.
Em
Pompéia perceber a cidade, sua vida, seu horror e todo o trabalho de recuperar
a história.
Na
Espanha, ver o aqueduto de Segóvia, entrar no Castelo e comer seus assados.
Em
Ávila, penetrar e subir em suas muralhas, descobrir a vida e obra de Santa
Tereza.
Em
Alba de Tormes visitar o monastério e ver as relíquias e um coração incorrupto
por quinhentos anos.
Em
Salamanca, penetrar no mundo das grandes universidades e no mundo de e uma
juventude em busca de um lugar no mundo.
Em
Toledo flutuar pelas ruelas, igrejas e catedral que elevam nosso sentimento a
um estagio de contemplação
Em
Córdoba conhecer a mesquita que virou igreja mas que impressiona os sentidos e
a noção de tempo.
Em
Granada a descoberta que além da obra impressionante de Alhambra tem uma
história tão bonita de São João de Deus e seu sanatório.
Em
Sevilla os castelos, os jardins a catedral e o antigo centro do mundo e das
conquistas.
Em
Cáceres ver tantas conquistas, dominações e um patrimônio tão significativo.
Em
Madrid, agora que o sol se apaga, fica esse aconchego no coração. Lembranças de
uma cidade, de um povo, de uma experiência, seus vinhos, suas comidas e todo
aprendizado. Mais que uma língua, uma cultura, uma história, uma crise e uma
busca para manter essa verdade.
Tenho
certeza que valeu muito a pena. Sei que essas vivencias vão se acomodar de
alguma forma passarão a fazer parte do que sou.
Obrigado
àqueles que me acompanharam, é muito bom ter companhia.
Um
beijo